sexta-feira, 29 de julho de 2011

Educação para convivência com o semiárido



Para assegurar o direito de aprender de cada criança e adolescente, precisamos valorizar o lugar onde vivem, considerando sua geografia, história e cultura. Esse entendimento é compartilhado pelo UNICEF e por outras várias organizações e movimentos sociais, em sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases, das Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares publicados pelo Ministério da Educação.
Historicamente, o Semiárido costumava ser retratado no País como um lugar de pobreza, seca e poucas oportunidades. Esse quadro vem mudando aos poucos. Mas, muitas vezes, ainda se repete a visão equivocada de atraso e de falta de perspectivas, principalmente no campo, sugerindo que os alunos saiam de sua localidade para “virar gente”. Oportunidades, trabalho, renda, só em outro lugar.
Ao contrário disso, a Educação para a Convivência com o Semiárido ensina a transformar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse reconhecimento vai além da noção de campo apenas como rural e compreende suas necessidades culturais, direitos sociais e formação integral dos indivíduos.

Cultura e Identidade: comunicação para a igualdade Étnico-racial


site desta imagem: infojovem.org.br

O eixo Cultura e Identidade foi preparado para orientar e apoiar os municípios do Semiárido e da Amazônia Legal Brasileira em ações que estimulem crianças e adolescentes a reconhecer, valorizar e preservar as culturas afro-brasileira, africana e indígena. A ideia essencial é fortalecer a política de educação para a igualdade étnico-racial.
De forma simples e prática, pretende-se estimular as escolas públicas municipais para que preparem Álbuns da Cultura e da Identidade Afrobrasileira e Indígena e reflitam sobre como vêm trabalhando para incorporar
as culturas afro-brasileira, africana e indígena nos conteúdos escolares, de modo que crianças e adolescentes as reconheçam nas expressões da localidade onde vivem e as entendam em sua trajetória escolar. A busca deve acontecer nas áreas urbana e rural, em escolas, aldeias, comunidades quilombolas, de forma a abranger todos os espaços e expressões.
Também fazem parte do eixo, os marcos legais que estabeleceram a obrigatoriedade de inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena, alterando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 2003 e em 2008.